FERRAGEAMENTO: Aparação de cascos, correção de aprumos e ferrageamento de cavalos


   O ferrageamento signifca o ato de ferragear ou ferrar o cavalo, ou seja, pregar as ferraduras com uso de cravos específicos. 

   O ferrageamento é responsável em grande parte pela evolução do mundo, pois foi em cima de cavalos que praticamente todos os países foram colonizados, como, por exemplo, a América do Norte, que foi inteiramente desbravada e colonizada sobre o lombo dos cavalos que, naquela época, já eram ferrados; caso contrário, andariam muito tempo descalços, pois serviam também para transportar suprimentos, etc.


   O ferrageamento era tido como simplesmente pregar a ferradura e nem se cogitava questões como aprumo, angulação do casco, tipo específico de ferradura e cravo, a quantidade de casco a ser retirada e muito menos o bem estar do animal.
   No entanto, foi no passado que se iniciaram as técnicas de contenção dos animais e as descobertas começaram a mostrar que os animis, quando bem casqueados e aprumados, tinham outro desempenho no trabalho e que dificilmente apresentavam problemas como  mancar, desvio de aprumos, fadiga ao trabalho, entre outros.

    Por volta da década de 1990, o ferrageamento se insere em um novo conceito, sendo o ferreiro requisitado pelas melhores fazendas e haras de criação.
   Em hipologia, nomeia-se "pé do cavalo" o conjunto da extremidade dos membros protegidos por um estojo córneo denominado casco. Ele faz parte do aparelho locomotor e é constituído por uma parte interna que envolve ossos, ligamentos, tendões, cartilagens, vasos e nervos e uma parte externa que é o casco.
   No passado, quando não existia o hábito de colocar ferraduras nos cavalos, o casco acabava sofrendo um grande desgaste e o animal ficava inabilitado para o trabalho, esporte ou lazer.
   Muitos profissionais liberais realizam essa tarefa de ferrar animais, mas nem sempre conhecem a técnica correta. Também, não conhecem a anatomia do sistema de locomoção e sustentação dos equídeos. A falta de conhecimento  técnico pode ocasionar problemas muitos sérios aos animais, levando os criadores a terem grandes prejuízos.
   Para se aplicar bem uma ferradura é indispensável que o ferrador tenha conhecimento anatômico e funcional das partes locomotoras dos equídeos. O casco, embora pareça uma parte do corpo estática, sofre incessantes mudanças que, dependendo da raça, da idade, do serviço que o animal presta, podem se manifestar com maior ou menor intensidade.


   Animais que vivem no estado selvagem tem o casco bem adaptado aos terrenos naturais e às pastagens. Eles são submetidos a um desgaste que é compensado pelo crescimento contínuo da substância córnea. O mesmo não acontece com animais domesticados, utilizados no dia a dia nas estradas pavimentadas, nos terrenos pedregosos e na areia dos hipódromos e pistas.

   Por essa razão, utiliza-se a aplicação de ferraduras na superficie palmar e plantar dos cascos, para evitar o desgaste na parede do casco, promover maior estabilidade, corrigir defeitos de aprumos e tratamentos de afecções do pé.
   Devemos considerar também que a resistência ao desgaste é relativa, pois depende do tipo de trabalho, tipo de solo, da dureza da matéria córnea, do peso do animal, da velocidade do andamento, dos aprumos e das formas do andamento. Um desgaste excessivo da muralha, nos cavalos, não ferrageados pode atingir a sola e até mesmo provocar rachaduras na parede do casco, abrindo portas para infecções sérias.


   Uma aparação incorreta dos cascos, um aprumo defeituoso, uma má-conformação do casco e, ou uma aplicação incorreta de ferraduras pode reduzir o rendimento, comprometer totalmente uma preparação para qual o cavalo se destina e, as vezes, colocar em risco a própria vida do animal. Como podemos ver, o valor do cavalo está nas suas patas. A função do ferrageador é de aparar o casco e aplicar adequadamente a ferradura sem alterar exageradamente as funções do pé.
   



   Existem vários dvds,  cursos a distância e livros abordando o assunto discutido, no entanto, nada melhor do que aliar a teoria com a prática para consolidar seus conhecimentos. Segue abaixo um trecho de uma reportagem sobre casqueamento básico.









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Damiana Bem é apaixonada por cavalos e amazona de salto pela escola de equitação da Vila Militar (RJ) e equitação western (rédeas). Formada no curso de formação de treinadores de cavalos da Universidade do Cavalo (UC), cursou o nível Superior em Gestão de Equinocultura e tem experiência em manejo, doma e treinamento, gestão de centro equstre e aulas de equitação e rédeas na UC (Sorocaba), Vila Militar (RJ), Centro de Treinamento Mauro Leite (CTML - Paraná) Hotel Fazenda Pitangueiras (SP) e Haras Medalha de Ouro (São Roque - SP).

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