ENCURVATURA E FLEXIONAMENTO NO TREINAMENTO DE CAVALOS


Muitos confundem estes conceitos, no entanto, é fundamental a diferença entre ambos. Não existe encurvatura sem flexionamento, mas o contrário é possível e ambos são condições indispensáveis para a realização de exercícios de adestramento e o grau de flexionamento ou encurvatura aumenta proporcionalmente com o grau de dificuldade dos exercícios.
O flexionamento é simplesmente o fato do cavalo virar sua cabeça para um dos lados sem interferir na sua coluna. O objetivo do flexionamento é alcançar a submissão do cavalo às rédeas e sensibilizá-lo às ajudas do cavaleiro. Para conseguir o flexionamento, encurta-se a rédea externa na mesma medida que a interna é adiantada, sem perder o contato de ambas, enquanto o assento do cavaleiro permanece em equilíbrio (sem pender para um dos lados). Excesso de tração em alguma das rédeas pode causar problemas como encapotamento, o cavalo fica com a ‘cabeça quebrada’ ou com a frente ‘amassada’, causando ritmo deficiente nos andamentos e desequilíbrio das andaduras.
Já a encurvatura é a alteração do direcionamento da coluna vertebral juntamente do pescoço, variando em diversos graus dependendo do ângulo pedido. Esta encurvatura precisa ser uniforme por toda extensão da coluna do cavalo. “Esta assegura a ligação entre o ante-mão e o post-mão. Reciprocamente, a atividade dos posteriores propaga-se através da coluna vertebral, passando pelo pescoço e pela nuca até alcançar a boca (maxilar inferior). Por essa razão, é necessário que os músculos da coluna vertebral tenham um tensão descontraída. No cavalo de sela a coluna vertebral tem que ser sólida e ao mesmo tempo flexível, porque deve suportar o peso do cavaleiro.”
A encurvatura é obtida através das ajudas diagonais: mais peso sobre o lado interno, perna interna em posição de impulsão e perna externa impedindo a fuga do posterior externo. A rédea interna produz o flexionamento necessário e direciona o cavalo e a rédea externa age como delimitador  da paleta externa e impede o excesso de colocação de pescoço.


“O flexionamento e a encurvatura dependem do cavalo direto, ou seja, é aquele cujos movimentos, em linha reta ou em curva, em duas ou três pistas, apresenta com relação ao seu eixo longitudinal (coluna vertebral) igualdade de encurvação e equidade de repartição de peso e força. Ou seja, um cavalo reto e reunido.
Vale ressaltar que todo cavalo nasce naturalmente encurvado para um dos lados, em diferentes graus. Sobre isso, o Genral L’Hotte diz que a maioria é encurvada para a esquerda visto que no ventre o feto está normalmente dobrado à esquerda e os cavaleiros abordam, selam e montam na maioria por seu lado esquerdo, ou seja, o lado direito quase não é trabalhado. A espádua a dentro a galope, tanto em círculo quanto em linha reta, colabora muito para o ‘cavalo direito’, corrigindo com eficiência cavalos que colocam a garupa para dentro das linhas retas. Todo trabalho de exterior que cumulativamente possa ser feito, exigindo nas subidas alargamentos sobre a rédea esquerda, e nas decidas encurtamentos bem à direita, contribui também para os objetivos almejados.







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Damiana Bem é apaixonada por cavalos e amazona de salto pela escola de equitação da Vila Militar (RJ) e equitação western (rédeas). Formada no curso de formação de treinadores de cavalos da Universidade do Cavalo (UC), cursou o nível Superior em Gestão de Equinocultura e tem experiência em manejo, doma e treinamento, gestão de centro equstre e aulas de equitação e rédeas na UC (Sorocaba), Vila Militar (RJ), Centro de Treinamento Mauro Leite (CTML - Paraná) Hotel Fazenda Pitangueiras (SP) e Haras Medalha de Ouro (São Roque - SP).

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